Sou uma HUMANA DE ESTIMAÇÃO que trabalha e tenta cuidar e dar atenção para sua família, marido, três filhos, um genro, uma neta e BLACK o BULLDOG FRANCES.
Cheguei ao BULLDOG FRANCES quando meu filho mais novo, de onze anos nos pediu um cãozinho.
Comecei a pesquisar a que raça nós nos ajustaríamos mais e cheguei ao BULLDOG FRANCES.
Por quê?
Bem, BULLDOG FRANCES late pouco, BULLDOG FRANCES não precisa de grandes exercícios diários, BULLDOG FRANCES é um cão que não tem cheiro, BULLDOG FRANCES é amistoso com todos de casa e com os estranhos também. BULLDOG FRANCES fica bem em ambientes pequenos, em resumo BULLDOG FRANCES é o cão ideal para apartamentos.
Pronto! A raça do cão já estava decidida! Fui procurar um criador que nos entregasse o filhote quando regressássemos de nossa viagem de férias e uma semana antes de voltarmos a trabalhar. Teria tempo suficiente de fazer a adaptação do filhote ao seu novo lar."Inexperiência é tudo".
 
Encontrei o "criador" através da "internet", um que tinha uma ninhada cujas datas estavam de acordo com nossos planos. Fomos visitar a ninhada e escolhemos pelo sexo (masculino, porque o nome já estava escolhido, seria BANDIT) e a cor, tinha um branco com uma mancha fulvo(bege) e outro marrom com mancha branca na cara, assim, escolhemos o branco. Os filhotes eram pequeninos e nós não sabíamos escolher, não sabíamos os "defeitos" (filhote de BULLDOG FRANCES miúdo é um grande problema) e também não sabíamos as "qualidades" (filhote de BULLDOG FRANCES tem que ser forte, pesado, alegre, com olhos redondos e vivos etc...), achavamos que eram filhotes e virariam BULLDOGS FRANCESES, tal e qual os pais que nos foram mostrados.
Quando retornamos de viagem, ligamos para o “criador” e fomos informados que o cãozinho teria que ficar mais dez dias com ele, porque o veterinário achou o que o filhote estava com pouco peso (problema). Ficamos tristes, nosso planejamento foi por água abaixo, mas tudo pela saúde do filhote.
Na data marcada, fomos buscar o filhote que havia acabado de tomar banho e nos foi entregue com frio e o enrolei em uma manta que havia levado e não o investiguei na casa do criador. Pronto fomos para casa, todos felizes.
Na segunda feira seguinte, fui até o consultório veterinário, perto da minha residência, somente para marcar uma consulta para que o BANDIT fosse examinado e foi neste momento que comecei a entender que não fiz o caminho certo.
A veterinária me perguntou se ele estava com uns dois quilos e eu fiquei atônita, como assim? Dois quilos? O filhote não tinha nem “um quilo” e ela me pergunta se tem dois? Bem fiquei sabendo que BULLDOGUE FRANCES com dois meses deve ter aproximadamente dois quilos. Me disse que não o levasse à clinica antes de completar no mínimo um quilo e meio. Me deu uma receita com vitaminas e uma ração super premio específica para filhotes e fui para casa engordar o filhote.
 Fiz o trabalho de casa e voltei à veterinária duas semanas depois, já com o cãozinho pesando mais de um quilo e meio. Ela o examinou e me disse que ele era um cãozinho especial, que seria um cão com dificuldades de aprendizado. Assim, os planos da universidade foram por água abaixo.
BANDIT continuou com a medicação anterior, com as vacinas e com a família lhe dando muito carinho e atenção, por dois meses e meio, até que começou com uma tosse, aos quatro meses e meio e o levei à veterinária em emergência. Foi feito um Raio X (o pulmão estava cheio de líquido) e uma Ultrassonografia da cabeça e foi diagnosticada uma hidrocefalia grave (hidrocefalia em cães pode ser congênita ou adquirida). O cérebro dele era muito pequeno, o que ocupava sua grande cabeça era líquido e pouquíssima massa cefálica.
A veterinária entrou com medicação apropriada mas o pequeno não respondeu, começou a ter convulsões, uma atrás da outra até que veio a óbito em dias.
 Não estou contando esta história para que as pessoas fiquem tristes. Estou relatando um fato que aconteceu com a minha família e que acontece diariamente com pessoas crédulas e inexperientes, que vão em busca de alegria para a sua família e caem nas mãos de “CACHORREIROS” e "CACHORREIRO" não tem nenhuma marca na testa.
"CACHORREIRO" é simpático e agradável, é um comerciante preparado para vender sunga para esquimó e você acredita que eles realmente gostam de seus cães e que são pessoas de bem e se "não ficar atento" ele passa a ser o seu mais novo amigo de infância.
Qual a diferença entre “CACHORREIROS” e CRIADORES?Bem, ao meu ver "CACHORREIRO" é aquele que visa somente o lucro, não se interessa realmente pela saúde dos seus cães, da ninhada, ele tem umas matrizes e um padreador que lhe rendem um dinheiro fácil.O CRIADOR, geralmente tem seus cães por “hobby”, frequenta exposições pelo prazer de ver o resultado do trabalho, mantem contato com outros criadores, trocam experiências, estudam, tem um veterinário responsável pelo canil, oferecem alimentos de qualidade (alguns fornecem alimento natural e outros ração de qualidade superior, dependendo do ponto de vista de cada um) etc...
O CRIADOR não visa o lucro, ele preza a obra de arte, que é o filhote perfeito. CONCLUSÃO: Não devemos escolher somente a raça do cãozinho, devemos investigar, principalmente qual é a "raça" e o “pedigree” do criador.CRIADOR tem que ter HISTÓRIA, tem que ter ÉTICA e AMOR não somente pelos cães, tem que ter APREÇO PELO FUTURO DA RAÇA.
Não devemos adquirir nenhum filhote de “CACHORREIRO”, não podemos deixar que eles se ploriferem. Que continuem tratando com descaso os cães e nossas famílias. DIGA NÃO ÀS FÁBRICAS DE FILHOTES. Antes de sair por aí procurando o cãozinho perfeito, procure um bom veterinário. Ele saberá te indicar um canil de qualidade ou poderá te ajudar a encontrar.Um mês depois de perdermos o nosso “SUPER CÃO BANDIT”, recebemos o “BLACK”.
BLACK o BULLDOGUINHO que chegou com três meses, 5 quilos, arteiro, alegre e gozando de excelente saúde. BLACK não veio para substituir a nossa perda, mas para alegrar a nossa vida. Veio do Canil LUXOR BRASIL, de Vinicius Barros, comprometido com o padrão e seus cães são felizes e saudáveis.
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