quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

SARNA DEMODECICA / SARNA NEGRA


A SARNA DEMODECICA é causada por ácaros ectoparasitas, presentes na pele dos animais. A sarna demodecica merece um tratamento diferenciado das demais sarnas.

Também é chamada de demodecicose, sarna negra, sarna folicular, sarna vermelha e até lepra canina.


O ácaro DEMODEX CANIS geralmente tem uma convivência pacífica com os cães, não causando prejuízos à sua saúde. No entanto em certas situações, o Demodex pode tornar-se um agente nocivo. Isto ocorre em casos de queda de resistência do organismo, passando a se reproduzir intensamente, espalhando-se pelo organismo do hospedeiro, alcançando linfonodos, baço, fígado, parede intestinal, glândulas mamárias, bexiga e pulmões. Além deste fator, existe também a predisposição genética a adquirir para a doença, que pode ser herdada da mãe, do pai ou de ambos.

O DEMODEX localiza-se profundamente na pele e a transmissão pode ocorrer quando um animal sadio tem contato com outro afetado. A transmissão de mãe para filhote é feita dentro de 8 a 18 horas após o nascimento, quando os filhotes já apresentam o ácaro na região do focinho.

A DEMODECIOSE pode manifestar-se de duas formas:

    Demodecicose localizada: caracteriazada por poucas áreas de alopecia delimitada (uma ou duas), pequenas, com graus variados de eritema, escamosas e hiperpigmentadas. O prurido e a piodermatite secundária não são frequentes. As lesões geralmente são encontradas na cabeça, pescoço e membros anteriores, podendo também aparecer em outras regiões do corpo do cão.


    Demodecicose generalizada: a princípio, surge em animais de raças puras com menos de um ano de idade. Cerca de 10% das lesões localizadas causadas por este ácaro, podem dar origem a um quadro generalizado. A sarna negra pode ainda ocorrer sob a forma de otite externa, eritematosa e ceruminosa. Em casos de piodermatite demodecica, a única região atingida são as patas.

O diagnóstico da SARNA DEMODECICA é feito através da raspagem profunda de pele, sendo o material coletado observado em microscopia. Para que haja a confirmação do diagnóstico é necessário que seja encontrado um número elevado de ácaros adultos ou formas imaturas. As regiões prediletas do D. canis é ao redor do focinho e nas patas, sendo que estas zonas devem ser as primeiras de colheita de material para exame. Em situações especiais, pode ser feita a biópsia de pele para confirmação do diagnóstico.

Na forma generalizada, o tratamento definitivo não é possível de ser feito. Já a forma localizada responde bem ao controle, feito:

  • Tratamento tópico: com uso de xampus, sendo que este prepara a pele para receber um medicamento um medicamento que vem na forma líquida e é diluído em água; através do uso de “spot-on” que é aplicado no dorso do animal.
  • Tratamento sistêmico: medicamentos em forma de comprimido; injeções.

No geral, o tratamento para a SARNA DEMODECICA dura de 2 a 3 meses, sendo que a freqüência do uso do medicamento irá variar com o que for prescrito pelo Médico Veterinário.

Recomenda-se a castração das fêmeas recuperadas, pois no período de cio, assim como na gestação, podem provocar recaidas. Fêmeas estabilizadas passam a SARNA DEMODECICA para os filhotes.

ALIMENTAÇÃO NATURAL BENEFICIA O PORTADOR DA DEMODECICA


 A alimentação natural, sem aditivos e conservantes, feita de forma balanceada, conforme as necessidades individuais dos pacientes, beneficia a saúde, o ânimo e a qualidade de vida dos pacientes. Leia sobre as dietas BARF, dieta com ossos carnosos crus, dietas caseiras cruas e cozidas, dietas vegetarianas e outras combinações e variações no site www.cachorroverde.com.br ou em outras postagens sobre alimentação natural. Em caso de animais severamente debilitados e não habituados à alimentação crua, a dieta caseira com alimentos cozidos frescos, de preferência os orgânicos, apropriadamente balanceada, deve ser introduzida até que o animal esteja apto para alimentar-se com alimentos crus.
Mudanças radicais alimentares costumam provocar processos de exoneração de toxinas, podendo agravar casos já complicados de demodécica e, portanto deve-se fazer essas alterações de forma gradativa e sob orientação veterinária. Algumas vezes há a necessidade de suplementar com enzimas digestivas e probióticos nesse período de transição, para facilitar a adequação do trato digestivo ao novo alimento.
Alimentos funcionais devem ser utilizados visando à melhoria da imunidade, das características e condições da pele, ação antinflamatória, analgésica, antibiótica.


ALIMENTOS BENÉFICOS AO PORTADOR DA SARNA DEMODECICA



Alho : imunidade, ação antibiótica e antinflamatória. Deve ser consumido crú, espremido ou esmagado.
Aveia : regula o trânsito intestinal, ajuda a tirar toxinas do sangue. Também tem ação calmante sobre o prurido da pele.
Óleo de coco extra-virgem: excelente contra bactérias.
Cápsula de óleo de peixe (ômega 3): 1G para cada 5kg de peso do animal, pela vida toda.
Probióticos: Regulam a microbiota intestinal. kefir, iogurtes, leite fermentado.70% da atividade imunológica do organismo se dá ao nível de intestinos.
Ômega 3: Além da ação antioxidante, também age como antinflamatório sobre a pele. Presente em peixes de águas geladas (salmão, arenque, atum fresco, cavalinha e sardinha) e linhaça.
Tomate: o licopene tem importante ação antioxidante e melhora a imunidade celular. Seu melhor aproveitamento se dá sob a forma de molhos (naturais, é claro!!!!).
Cogumelos comestíveis, inclusive o do SOL: com importante ação na imunidade, ricos em betaglucana, . O Shitake estimula macrófagos e linfócitos T.
Crustáceos, ostras, semente de abóbora e girassol : cicatrização e na redução da inflamação todos ricos em zinco.
Alimentos com ação sobre a pele: castanhas, amêndoas, pimentão vermelho, chá verde e chá de alecrim, clara de ovo, frutas (amarelo-alaranjadas), gengibre, couve, couve-flôr, couve de bruxelas, repolho, rabanete.